sexta-feira, 31 de agosto de 2012


Ó criança...deixe para trás toda sua esperança! (e molhe minhas mãos com o dindin, disse o papai governo a seu domesticado súdito)

Detalhe curioso: o tal “Criança – Esperança”. Porque somos nós a contribuir? Porque a política não é organizada e o dinheiro está corrompido. Ela é que deveria provir isso, já que pagamos altos impostos e colocamos nas funções os funcionários públicos (os tais políticos) a trabalhar conosco essas questões (com aqueles votos que já considerei no texto anterior, lembram?). E mais: ao telefonar, estou doando não só o valor mínimo estipulado: pela internet só posso doar um mínimo de 15 reais, e pelos telefones, o mínimo de 7 reais (só que o cidadão paga mais o custo da ligação com impostos). Ora, para onde vai esse custo? Para o lucro da empresa de telefonia, e para os cofres públicos (com nossos impostos). E de novo levam o dinheiro suado do pobre trabalhador, com a desculpa de estar ajudando as crianças...coisa que nem deveria ser cogitada, pois a educação e a saúde deveriam ser as instituições que recebessem mais verba para o pleno funcionamento. Mas não, me pedem para dar lucro à telefonia e para dar mais dinheiro ao governo!
Criança esperança, ainda que tenha os mais nobres ditames via UNESCO, para mim reflete um país arcaico, corrupto, ensandecido cuja população não raciocina e não reflete, porque justamente está sendo obliterada a tal, enquanto seu governo lhe suga até a alma!
Essas minhas declarações pungentes não são para negar a verdade, a beleza e a vida em si, mas justamente para nos fazer acordar e tentarmos virar a situação trazendo esses elementos de volta...e tentarmos consertar o que pode ser consertado, alterando essa situação governamental insana. É para isso que produzo como pesquisador e como artista, tal qual o ciberpajé Edgar Franco em seus trabalhos de ampliação da consciência!
Grande abraço a todos e vamos nos insurgindo, surgindo como fagulhas de esperança e trabalho, para que as crianças verdadeiramente possam ser ajudadas em seu desenvolvimento, e não esquecidas e/ou manipuladas!

Gazy, São Vicente, 01/09/2012

Voto nulo? Embranqueço minha mente se não penso nisso!

Volto ao blog com essa reflexão: o que na verdade é obrigatório ao Brasil? O voto ou o comparecimento às urnas?
Primeiro: tenho o direito como ser humano de escolhas, mas como sou um ser social e gregário, tenho também deveres: minha liberdade acaba onde eu começo a fazer mal ao próximo!
Se o governo é parte da política, e se todo cidadão é parte da polis (cidade modelo da Grécia), então somos todos responsáveis mesmo, e em realidade, seres essencialmente políticos (querendo ou não), pois inseridos na polis.
O que me deixa ressabiado, é a forma com que somos impelidos a atuar, no que o governo tenta fazer as vezes do “pai” que obriga o filho para que ele seja bem sucedido...mas aqui há falcatruas!
O governo – ele mesmo – não é um pai lícito, pois abre exceções a si: salários absurdos que contrastam desproporcionalmente aos ganhos de trabalho (mais valia) do cidadão comum! Imunidades descabidas! Nepotismo ao empregar cidadãos parentes e que possivelmente nem tenham preparo para a função que os colocam etc.
E mais: quem vigia os vigilantes (Watchmen – um libelo criado por Alan Moore, à sociedade e à questão de quem pode julgar os que no poder permanecem?).
Assim, ao ser obrigado a comparecer às urnas (sob pena de multa), tenho o direito a:
1-      Votar em alguém ou algum partido;
2-      Apertar a tecla “branco” e não escolher nenhum partido ou nenhum nome e
3-      Anular meu voto...?
Mas sim? Anular como, se não há essa tecla?
E porque anularia, não me imiscuindo na sociedade? Bem, mas deixar em branco eu posso?
E por que o governo não insere a tecla “Nulo” também, e só a “Branco”?
Ora, isso sim, é manipulação!
Primeiro: erroneamente cremos que somos obrigados a votar (como eu mesmo pensava). Mas em realidade, somos obrigados ao comparecimento às urnas.
Ok. E uma vez lá, posso me abster de votar apertando a tecla “branco”. Tá certo: e por que não existe a tecla “nulo”?
Ali há várias considerações acerca dos votos, e da nulidade. Muito depende também de julgamento para asseverar nova eleição, caso haja mais da metade de votos anulados. Eis aí o temor de nosso governo (e candidatos desonestos); de que a eleição seja anulada no caso de julgamento cabível. Porém, isso não se dá com facilidade, pois depende de julgamento, e na realidade, tanto votos brancos como nulos não entram no cômputo, a menos que haja um consenso nacional em que a maior parte da população expresse firmemente que quer anular a eleição devido a motivos expressos (protesto definitivo contra a corrupção, insatisfação total com os que estão a se eleger dado que sejam indignos dos cargos que pleiteam etc). Aí, sim, haveria um julgamento para concluir o cancelkamento ou não da eleição, pois pode ser interpretado que a população em mnassa desejou conscientemente se insurgir naquele momento contra a eleição como um todo!
Assim, exijo, como cidadão, que o governo
a) ou insira o botão “nulo”, pois quero meu direito de anular conscientemente, assim como tenho o dever de comparecer à votação!;
b) ou informe o cidadão claramente nos veículos de comunicação que ele pode votar, que ele pode apertar a tecla “branco” e que ele pode anular seu voto e como isso incidiria!
E mais: aos que não sabem, é fácil anular, ainda que não haja tal botão: basta digitar quaisquer números que não estejam sendo usados, ou melhor ainda: “000 (zero, zero, zero) mais a tecla verde que o voto instantaneamente está anulado.
A população, como gado conduzido, não recebe tal orientação, pois ao governo é “coerente” que votem em alguém ou em algum partido. Mas podem votar em branco (em cima do muro?). Não, quero meu direito à anulação se insatisfeito estou. E você meu amigo, se quiser se juntar a esse coro a fim de que a corrupção pare de grassar e que esse bando de corjas pare de usufruir vampirizando-nos, dê um basta nessa ou na próxima eleição, anulando conscientemente: daríamos um baita problema ao sistema, pois em juízo tudo teria que ser revisto, sem falar que a maioria dos ingressantes ao cargo não poderiam tentar nova eleição, pois foram rechaçados veentemente com a anuência da consciência popúlar.
A grande maioria da população faz a “colinha” para votar, instigados pela obrigatoriedade e para receber seu quinhão depois (um dindim e/ou um feijão prometido). Quero ver se a obrigatoriedade caísse, para saber como os corruptos conseguiriam obrigar essa população a pagar sua contraparte? E mais: essa grande maioria caso venha a digitar errado, vai deparar com um “erro” nas urnas, e vai ficar intimidado...daí o que podem fazer se esquecem o número? Votam em branco. Ora, ponham o botão nulo. Votarão assim também. Mas esses cidadãos são receosos porque não são corretamente informados: acham que não podem votar em números “errados” que senão seu voto não é dado e podem ser punidos etc.
Só os que não sabem pensar como a grande maioria não percebem isso. Eu percebo: sou acadêmico mas sei como pensa um cidadão moral e simples (simplório, ingênuo).
Basta à domesticação e ao escravismo a que a falsa política nos empurra.
Eu anulo meu voto! E você? Pense bem, e decida-se. Nesse sistema, trocamos as moscas, mas vc sabe o que permanece lá...essas moscas estão ávidas para entrar, pois não precisam de concurso, nem de conhecimentos...só precisam de seu voto e uma vez lá dentro ganham milhares de reais para nada de útil fazer, e sim, torrar superfluamente o dinheiro nosso, usando-o indiscriminadamente.
É isso que queremos? Gente despreparada regendo com projetos copiados e inúteis, nossas vidas?
Pense e reflita.

Alan Morre em sua obra seminal “Vde Vingança”, deu o recado anarquista à lá Guy Fawkes!

Grato se refletirem.
Gazy, São Vicente, 31/08 e 01/09/2012