quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Preços de produtos em promoção de Supermercados não são aplicados ao pagar nos caixas

Você tem o hábito de comprar nos supermercados e nunca verificar se no momento do caixa registrar os produtos, os valores batem com o que você verificou nas gôndolas? Ainda mais confiante fica quando o produto é colocado em promoção (seja no jornal do supermercado ou na loja física mesmo somente)?
Pois prepare-se: há um tempo atrás nesse ano a ProTeste chegou a publicar matéria dando a saber que divergiam preços de produtos nas prateleiras dos anunciados nos jornais de promoção. Mas a ProTeste se limitou a verificar isso com relação aos jornais publicados pelas redes de varejo, e não chegou a fundo na questão, que é mais grave ainda: há anos venho percebendo que TODAS as REDES de SUPERMERCADOS (principalmente as grandes) vêm colocando produtos em promoção, mas não atualizando o valor ao sistema. Isso quer dizer o que, exatamente?
1-Cada produto que tem seu valor não mexido, costuma ser cobrado pelo preço anterior, geralmente maior que o novo, já que estaria na promoção;
2-Cada cliente não percebendo isso crê que tudo está perfeitamente organizado e registrado, confiando nas redes;
3-Principalmente quando vem o início do mês, já que as famílias brasileiras ao receberem o salário partem para comprar (quase) tudo de uma vez num mesmo supermercado. Daí que é extremamente difícil acompanhar cada registro da funcionária do caixa, pois o montante de compras é muito grande;
4-Por fim, é nessa operação “tartaruga (!?!)” que as redes fazem para não atualizar no sistema os novos preços de produtos em promoção que o cliente é lesado pagando pelos valores maiores antes de estarem com os descontos.
E “La nave va”...levando todo nosso dinheiro e dando os lucros aos donos das redes, mas o mais grave, extorquindo-nos, já que muitos produtos são comprados devido ao preço convidativo a que é colocado quando apregoam estar na “promoção”! Isso se configura como uma indução e má fé, pois ilude o comprador de que tal item está mais barato (o que não é verdade).
Quase nunca vi reportagens do assunto, a se excetuar uma vez num jornal de almoço da Rede Globo de TV e como já narrei, na Revista da ProTeste.
Mas eu gostaria de registrar aqui como eu ajo quando me deparo com isso. Talvez possa ajudá-los:
1- tento quase sempre verificar nas máquinas de leitura de tarjas nos mercados se o preço que está marcado da promoção é mesmo aquele (se não o for, mantenho o preço promocional na memória para avisar a caixa no momento que for pagar: quase sempre os “erros” se dão nos produtos ditos e marcados em promoção);
2- Se eu tiver ou não verificado e me surpreender com um preço maior ao passar no caixa, advirto no mesmo instante para que ela chame um funcionário a fim de verificar a disparidade de preços. Aviso com certa eloqüência, para que os outros cidadãos na fila após mim percebam que também podem estar sendo enganados, e não fiquem irritados porque fiz parar a fila: ao contrário, que se conscientizem de também perceberem que devem verificar cada qual à sua vez, se os preços de seus produtos estão corretos. Ou seja, tento conscientizá-los de algo que não percebem.
3- Ao final, aviso os funcionários que devem imediatamente mexer no preço dos produtos para que outros cidadãos não continuem sendo enganados;
4- E por fim, advirto a caixa (para que todos ouçam) que estes “erros” são comuns em todas as redes de norte a sul do país e que os cidadãos brasileiros não percebem quase nunca que são submetidos a essa fraude (proposital ou não).
Para terem uma idéia, teve vez em que o preço de um melão em promoção por R$1,60 o quilo, passou como R$5,00 na caixa. Recentemente 3 outros produtos da área de verduras também estavam com o preço acima das placas de promoção. Outra coisa a se atentar é quando uma rede pega uma determinada marca de suco, por exemplo, em que cada caixa de 1 litro está indicada com o mesmo preço de acordo com o sabor (maçã, pêssego etc), e se estiver faltando o preço do sabor abacaxi, ao levá-lo junto, percebe-se que seu preço é maior. A justificativa algumas vezes é que “depende do sabor”. Mas a marca e o suco são os mesmos e não há diferenciação, já que todos seriam normais e não light. Enfim, fiquem atentos, porque já passou da hora do governo brasileiro apertar a fiscalização no quesito preços de produtos, e ninguém parece perceber esta obscura e silenciosa atuação vil das redes de mercados e seus “sistemas”. Não esqueça que o cliente tem sempre o direito de pagar o preço menor, pois nunca se sabe se este não seria o preço correto. Isto está dentro do Código de Defesa do consumidor.
Gazy Andraus (8 de dezembro de 2010)

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